quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Comportamento e suas vertentes

Ignorar uma regra imposta apenas pelo fato de ignorá-la, talvez seja a maior das ignorâncias.

Soa repetitivo, de vocabulário pobre, mas esta repetição é com o intuito de frisar realmente um ato, ou vários, como os que citarei.

A falta de educação, respeito e cordialidade tem se tornando ponto alto de pessoas no corre corre diário.

Parar em cima da faixa de pedestre e fazer que não vê;
Estacionar o carro no lugar de cadeirante só porque a vaga mais próxima é bem longe do estabelecimento que deseja chegar;
Xingar no trânsito sem a menor intenção de entender porque o condutor fez aquela manobra insensata e que não prejudicou em nada seu trajeto;
Furar a fila quando há dezenas de pessoas que assim como o "infrator" também tem horário esticado entre trabalho e afazeres.

Enfim, estas são as maiores aberrações que tenho visto nos últimos dias (repito: nos últimos dias só).
Ah, lembrei de citar também, que a cordialidade deveria pontuar obrigatoriamente o  desempenho do cidadão que optou por trabalhar com atendimento ao público.
Sei que por vezes é difícil ser educado com todo mundo, que as vezes retribuir com um ato grosseiro, à altura do que a gente recebeu, pode provocar a sensação de : dei o troco!
Mas isso, na verdade, essa reativa, é o que nos torna também um infrator das normas.

Se trabalhar com atendimento ao público é uma prerrogativa de que o cidadão gosta disso, então porque não investir nessa habilidade? Mesmo que trabalhe por falta de opção, ou pelo simples fato de precisar da remuneração do serviço, que o faça com esmero. Porque dali, podem surgir outras tantas oportunidades.

Atender bem, com educação, saber ouvir, e até sorrir quando a situação solicita é primordial. Há formas de incrementar este "atendimento", mas não é hora de comentar isso.

O que me levou a escrever sobre esta questão, além da desordem que tenho visto, também foi o fato de ter conseguido "dar a volta" em situações constrangedoras, que foram amenizadas pelo simples fato de reagir com cordialidade.
O resultado foi o esperado:
Sensação de dever cumprido, do super controle dos impulsos e o alívio de poder ver que minha educação, independe do ímpeto voraz de terceiros.
Fato ocorrido no trânsito, simples, mas que reflete bem o que estou desenrolando.

Li um texto em um blog, que vem bem ao encontro deste meu texto aqui.

Fala da elegância do comportamento.
Não de ser elegante em festas, eventos e afins, mas de ser elegante na íntegra!
Segue o texto:
"A Elegância do Comportamento

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam.
E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-las nas pessoas que não usam um tom superior de voz.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
É elegante não dizer palavrões.
Sobrenome, jóias, e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
Educação enferruja por falta de uso.
"LEMBRE-SE de que colheremos, infalivelmente aquilo que houvermos semeado."  (do blog otimismo em rede .com)

E tenho dito que berço não garante educação. Garante sim aquela educação de universidade, de boas escolas, de uso de talheres, mas não a educação a que me refiro.
A educação no sentido de auxiliar, de sensibilizar-se diante de algo que podemos e não conseguimos ajudar.
Educação em cumprimentar um estranho em uma fila, porque ele está ali, tão vulnerável quanto você, com mil pensamentos ou nenhum passando em sua cabeça, apenas aguardando sua vez.
O bom humor e a presença de espírito, dão o toque especial e quebram qualquer gelo.

E aproveitando o texto sobre educação e cordialidade, deixo meu agradecimento a todos pela leitura do blog e mais ainda por alguns comentários e críticas construtivas que recebo.

THANKS FOR ALL.

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