quinta-feira, 7 de novembro de 2013

As gentes

Hoje disponibilizei alguns minutinhos do meu tempo  para discorrer não sobre O Rei do Camarote, tampouco a vinda meteórica do Justin Bieber e seu ataque de estrelismo.

Quero falar sobre gente.
Um breve relato de fatos verídicos.

Conheci na minha última viagem, pessoas que agregaram valor (não ao camarote - desculpa, não há com não satirizar) a minha jornada enquanto ser humano.

Pessoas tão jovens, mas dotadas de características e comportamentos dignos de apreciação.

As vezes achamos que a experiência de vida, leia-se aqui IDADE, é o principal argumento a ser citado frente ao comportamento das pessoas.
Pode ser que sim, mas e quanto a estes jovens, ainda com poucas experiências (idade) em suas jornadas? O que dizer?

Não conheço suas famílias, tampouco suas realidades cotidianas, mas posso de antemão supor que a educação que receberam em casa, na escola, ou até mesmo em convivência com pessoas "não alienadas", é que os tornaram assim.

E que comportamentos são estes que me encantaram?

Primeiro a citar é a educação. Se eu pudesse pontuar, daria nota 10.
Gente que sabe ser receptivo, sabe agradecer, sabe elogiar, sabe ser cordial.

Depois vem a questão de humildade.
Gente que sabe ouvir, que sabe aprender e sabe ensinar também de forma a harmonizar o ambiente.

Gente que usa e abusa do bom senso.
Gente que  brinca/atua com a criatividade.

Culturamente, uma gente que lê, que se abastece de informações, de boa música, de boas histórias.
Gente que conversa, argumenta, expõe opinião.
Gente que, em pouco tempo junto deles, não ouvi falar mal da vida alheia, não ouvi críticas sem fundamento.

Gente que luta por ideais, por idéias, por um mundo melhor.
Gente que apesar de tão nova -  cronologicamente falando - comporta-se como sábios veteranos.

Gente que sinceramente, eu tive o PRAZER imenso de conhecer.

Além de comportamentos dignos sim de elogiar, são "gentes" agradáveis.

Daquelas que queremos ter por perto, por trazer alegria, bem estar, conforto e o melhor de tudo, CONHECIMENTO.

Ainda bem que sou uma pessoa aberta ao novo, ao que chega cheio de boas intenções.
Deve ser por isso, e pela conspiração do Universo, que eu os conheci.

Aqui, meu sincero agradecimento a vocês, gentes de bom coração!
Que esta "amizade a distância" continue disseminando alegria e agregando valor às nossas vidas.

A estas gentes, um saudoso abraço com sentimento de saudades!





terça-feira, 5 de novembro de 2013

A rede

Sim, a rede.

Uma rede que nos enrolamos, muitas vezes tão enrolados (quanta redundância) que ficamos até preso a ela.
Assim, metaforicamente falando, são as redes, as sociais.

Tudo está ali.
Desde as mais estapafúrdias informações, até utilidade pública.
Podemos acompanhar a previsão do tempo, um jogo de futebol, a novela, um evento, podemos viajar através de fotos publicadas.
Podemos divulgar trabalho, vender geladeiras, comprar sapatos usados,  fazer amizades e pasmem, há até quem encontre um amor.

Na rede tudo é possível.
Acessa quem  pode, acessa quem quer.

Vivemos num regime aberto, sem militarismo e, com exceção daquilo que fere a integridade moral do cidadão no que diz respeito ao constrangimento ilegal, calúnia e difamação, tudo é passível de publicação.

Há os que incomodam-se por pouco.
Não se sabe a razão deste incômodo, uma vez que - repito- só está na rede quem quer.
Não é como um RG, CPF, que é necessário ter para tornar-se um cidadão.
A rede social é para quem adere por livre e espontânea vontade.

Verdade que por vezes assistimos publicações que ridicularizam-nos como ser humano, como ser em sociedade. Tratam nossa inteligência como algo subversivo.

Mas a nós é dado o livre arbítrio...de sair do ciclo, de sair da rede.
Existe na rede social Facebook - talvez a mais conhecida e utilizada  -  várias opções para quem ainda incomodado, quer abster-se das besteiras que lê.
Uma das opções é excluir o "amigo" que causa incômodo.
A outra opção, é suprimir os feeds de notícias.
Ou ainda, a opção mais coerente pra quem sente-se tão incomodado com o que vê na rede social, é a opção EXCLUIR CONTA.

A rede é livre, ali cada um mostra o que quer e do jeito que quer.
Cabe então ao usuário peneirar toda a informação e "engolir" apenas aquilo que lhe faz  bem.

Mas ainda preferimos criticar.
E criticamos, porque é atitude inerente do ser humano. É muito mais fácil criticar comportamento alheio, que agir de forma contrário àquilo que se critica.

Desta forma, a exposição de opinião, também é uma maneira de participação em rede.

Cada um propaga o que quer.
Resta salientar que, o mais legal de tudo isso, é poder observar comportamentos através de ações e até omissões.

Cada caso é um caso...mas não estamos aqui para analisar e nem julgar. Deixemos as análises aos psicanalistas e os julgamentos aos juristas.
Volto a dizer: cada um publica aquilo que lhe é cabível, dentro do que acredita e vive.

E não adianta. Todo mundo mostra alguma coisa sim! Atire a primeira pedra aqui, quem não.

E daí se o sujeito publica uma sunga nova que acabara de ganhar da esposa?
Ele que arque com a zoação.
E daí se a fulana publica sua vida baladeira na rede?
Tá incomodado? exclua a dona moça...
É mais prudente agir desta forma, que atirar pedras numa pessoa, que por vezes, nem faz jus a sua "amizade" cibernética.

Quanto ao amor leviano cibernético escancarado?
As juras de amor via internet?
Quem aqui amigo, quem aqui já não as fez?

Na minha opinião, é  clichê, talvez porque EU não esteja amando.
Mas sei que quando se está apaixonado, sente-se a necessidade de gritar aos 4 ventos esta paixão...não acho normal se isto ocorresse na era das cartinhas, afinal, onde publicaríamos estas sentenças de amor? Em jornais?
Mas com a facilidade da internet, publique sim! Demonstre da forma que bem entender.

Os incomodados?

Ah...a estes, toda a licença para que retirem-se!


Antes de finalizar, por mera coincidência, visualizei esta publicação:

Uns mais outros menos ... Mas ficamos todos nos aqui, sem exceçao, presos, mas de mãos dadas, nessa "masturbação coletiva" onde o objeto de desejo é a inveja e/ou egocentrismo...( por Lourenço Carminati).