quinta-feira, 11 de abril de 2013

Mascarados ou enrustidos?

O que faz de você, quem você realmente é?

Questionamento amplo, com  incontáveis vertentes para abordar.
Eu vou seguir a linha do comportamento.

O que faz de você quem realmente você é?

Atualmente é difícil definir alguém através de seus atos e comportamentos.

Não só hoje, mas toda a vida, as pessoas nem sempre são aquilo que demonstram ser.
A primeira impressão é que fica; mas é a segunda, a terceira e por ai vai, que vai mostrar quem é quem.

É muito fácil você ser a pessoa mais admirada no grupo por suas artimanhas em "arrancar" risadas de todos.
É muito fácil você ser um ideologista, com idéias de humanismo acima de tudo.
É muito bonito você abrir seu coração, sendo o amigo para todas as horas.
É fascinante você demonstrar ser uma pessoa honesta, de coragem e bom caráter.

Tudo isso seria perfeito, se não lhes fosse compatível o uso das máscaras.

Você pode abrir o armário e decidir que máscara usar hoje.

Tudo é aceito!
Mas nem tudo permanece.

As redes sociais facilitam demais o uso de acessórios.
E a desinformação da grande maioria, acredita que há veridicidade em tudo o que "aparece" na tela.

Mas é na hora do "vamos ver" que tudo desaba.
Que o ideologista vai de encontro àquilo que se pregava,
Que o amigo de coração aberto desaprece,
Que a coragem de dar a volta nos desentendimentos inexiste.

E aí que então podemos observar os comportamentos e certificar-se de que toda aquela bondade, cumplicidade, generosidade e honestidade, não era tão "ade" assim.

Nesse mundo de disfarces, a dificuldade em distinguir o banal do essencial, o sincero do falso, é gigantesca!

Se observamos bem, há indícios de caráter desde o primeiro face to face, mas que  em meio a carências, a superficialidades e banalidades cotidianas, são facilmente confundidos entre o bom e o mau.

E é exatamente na hora da dificuldade, que vem à tona aquela máxima: salve-se quem puder!
Ou seja. Eu vou fazer o que quero para o meu bem-estar e aquilo que vai respingar no outro, é problema dele.
Percebe-se que neste momento, a máscara da cumplicidade fora lançada a esmo.

O que fazer? Nada!
Deixa ir...
Deixa vagar
Deixa perder-se.

Poderia discorrer muito mais sobre o assunto, mas poderia também exceder a "red line" e me perder entre palavras soltas e descabidas.

Então finalizo o texto, afirmando o que realmente tento (tento, mas não quer dizer que consiga), ser 100% autêntica para não me sentir culpada depois, nem taxada de mascarada ou enrustida.




Despojado de máscaras, o ser humano cresce em individualidade e passa a expressar-se de modo mais autêntico. Sincronicamente uma presença luminosa - espírito da vida - emerge de sua essência, projetando-se nas telas vitais por ele matizadas... É essa presença que o torna único e especial, imprimindo em nossos corações as marcas de sua passagem.
Maria Aparecida Giacomini Dóro