terça-feira, 8 de maio de 2012

Close the doors


Saber fechar as portas…

É isto que venho algum tempo discutindo comigo mesma e algumas vezes trocando idéias  sobre tal assunto com determinadas pessoas.

A vida é uma sucessão de oportunidades e realmente é necessário fechar uma porta para poder vislumbrar a abertura de outra.
Fato é que ficamos tão presos às coisas vividas no passado (nem tão distante), que a escolha de encerrar uma fase, uma etapa da vida e iniciar outra, passa a ser tão dolorida que acabamos por postergar decisões, por retardar resoluções.

Saber mudar, querer mudar ou precisar mudar.

Pouco importa o verbo que vai aderir ao uso, o que cabe aqui citar aqui é a consequência desta alteração.

Diante desta amarga dúvida entre o que já está acomodado e o que grita por mudança, há um abismo de incertezas gritantes que ensurdecem quem se obriga a decidir:
- De um lado tem a tranquilidade, o conforto já pré-estabelecido.
- Do outro tem o sabor do novo, do desafio, da busca, que são fundamentais para que nos mantenhamos vivos.

Como tudo na vida tem o ônus e o bônus, a escolha de algo não é diferente.

Abre-se mão de um, por outro.

O sofrimento é parte predominante nesta situação, haja vista que ao abrir mão de algo, não saberemos se estamos fazendo a coisa certa. Ficamos nos chicoteando, amargando a decisão, alimentando um sentimento de perda.

 Sofrimento inútil.
 Porque se resolvemos abrir mão de algo é importante que investiguemos as razões:
- Pode ser que estejamos vorazes por uma mudança: de cidade, de estado civil, de cor de cabelo. Pouco importa qual seja, mas uma mudança. E ao decidir por ela, ficamos com pesar daquela que estamos nos desvinculando.
Bobagem. Se sentirmos esta necessidade é porque a zona de conforto já não é mais tão satisfatória ou deixou de ser o objeto de desejo.
Só saberemos que a decisão foi acertada no momento em que sentimos o êxtase da realização, mesmo que ele dure apenas alguns momentos.
E quando sentir isso se desprenda do que ficou para trás quando a porta fora fechada. Não há que se martirizar por algo que deixamos. Há sim que sentir saudades, de forma que isto não lhe aprisione ao passado e sim que faça-nos a ver oportunidades futuras.

- No caso de ter tomado o rumo errado, não se renda! Volte atrás. Saiba reconhecer que a tentativa foi válida, mas que sob uma análise de tudo o que envolvera a situação, é melhor que as coisas retornem ao estado anterior.
É duro admitir perdas. Somos desenvolvidos para a obtenção do sucesso.  A Sociedade em geral nos insere num contexto onde é inadmissível que fracassemos. Porém a sociedade não conhece nossos anseios e angústias.

O que vale para um, não é adequado para outro.

Por isto a busca e, por isto temos o livre arbítrio da escolha.

E ao escolher, decidir de que forma servir-se desta decisão.