sábado, 31 de janeiro de 2015

Ainda que platônica, era paixão.

Era paixão
Ainda que fosse platônica
Mas era paixão.
Daquelas que de querer se fundir ao outro.

A paixão é cega
E corta e sangra
Se não sangrou, paixão não era.

A paixão tem cor
Ela é vermelha, roxa
Ela é quente,  é forte.

E os verdadeiros apaixonados são assim:
Desmedidos, intensos, vorazes
Diferente do amor
Ah, o amor é outra história.

Eu falo de paixão
Do objeto de desejo
Do  desejo constante
Do querer, do sentir, do salivar.

Ainda que fosse platônica
Era paixão
Era sonho,
E talvez  realidade.

Mas ela acabou
Se foi sem de fato ter se aproximado
Foi da mesma forma que chegou
Do nada.

Dos olhos puxados,
A lembrança do imaginário que nuca aconteceu
E o lamento
Da falta do toque, do suor, da saliva.

Sim, era paixão
Daquelas que não se explica
Se vive, se sente.

Era ela, a paixão
Platônica  paixão.
Que por não acontecer
Partiu no vácuo de sei lá o que.

Da paixão morremos muito
E da paixão vivemos sempre!
Que seja assim, do que nunca haver sentido
O gosto doce/amargo de uma paixão.