quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Janeiro

Para não passar em branco janeiro, eis que ando um pouco desmotivada a escrever, segue escritas de Mario Quintana:



A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
 Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. 
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. 
E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. 
Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
 É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. 
Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. 
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado.
 E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
 Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar 
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. 
Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. 
Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. 
Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade”.




domingo, 6 de janeiro de 2013

2013, seja bem vindo meu lindo!

Escrever depois de tantas coisas vividas numa passagem de um ano para outro, é um desafio.
Desafio porque posso deixar-me levar pelas fortes emoções experimentadas.
Mas, como sempre, peco pelo excesso porque não sei ser morna, bege, constante, sem sal.
E assim sendo, deixo sim me levar por aquilo que me faz sentir viva.

Já há algum tempo que uso como lema: cores, sabores e sensações.
É disso que eu gosto, é disso que preciso.

Claro que há outros elementos essenciais como a fé, energia, amor e inumeráveis outros sentimentos;
mas por agora, são as emoções.

Vivi nesta passagem de ano, uma experiência fantástica!
Estive entre pessoas desconhecidas, num lugar desconhecido, em meio a natureza e com música por todos os lados, em todos os momentos.
Vi muita arte, muito amor, muita energia positiva.

Fechei meus olhos e deixei a música me seduzir.
Dancei muito. Dancei até sentir minhas panturrilhas doloridas.
Pisei na lama, na areia da praia, pisei no chão úmido.
Senti o calor escaldante do sol e a ira da tempestade.
Deixei que a chuva lavasse minha alma.

Tive incontáveis momentos de introspecção;
Tantos que em alguns deles, delirei estar sozinha no mundo.
E quer saber?
foi o que de mais rico me aconteceu ultimamente.

Senti frio, fome, dor, calor, raiva, senti muita paz.
Um misto de sensações, que eu já nem sabia mais que as tinha dentro de mim.

Fui cometida por sentimentos ruins de desaprovação, que perduraram por poucos minutos, pois num lugar como o que eu estava, não tinha espaço pra nada que fosse do mal.
Fui coberta por um manto de paz e alegria decorrentes de atitudes tão simples.

Passei muito perrengue. Aliás, esta foi a palavra mais utilizada durante a estadia no lugar.
Mas a escolha foi minha.
E em nenhum momento, mas nenhum mesmo, eu me arrependi de estar ali.

Conheci pessoas, fiz amizades.
Explorei o campo que estava sendo ofertado. Cheio de arte, de cultura,de música, de novidades e digo até de coisas esquisitas  (desconhecidas ao meu mundinho fechado, até então).

Abri minha mente para o novo, para o diferente, para a vida pura e simples.

Estive num ambiente onde não havia uma minúscula parte de ostentação.
Isso foi incrivelmente delicioso.
Vi pessoas verdadeiras (com algumas exceções).
Vi pessoas se ajudando
Se abraçando com carinho.

Senti falta de abraços e carinhos, mas talvez eu não estivesse preparada para dar e receber naquele momento.

E tudo o que vi e vivi,  foi relevantemente transformador na minha existência.
Inclui e exclui da minha vida certos sentimentos e pessoas.
Tive a certeza de que eu estava no lugar certo, justamente por tomar a atitude certa.

Fiz isso, porque ali pude perceber que tudo o que precisamos, é ser nós mesmos.

Foi notável perceber ali que as máscaras usadas, eram somente as máscaras de circo para alegrar as crianças.
Que aquela máscara da falsidade e hipocrisia não cabia ali.
Lamentavelmente vi pessoas perdendo sua máscara -  não a de animação, mas a da ilusão.

Nestes dias, tive a oportunidade de conhecer, conhecer, conhecer.
Sou sedenta por isto.

Minha curiosidade não para no primeiro instante ao ver algo.
Ela vai além.
Eu quero sempre mais.
Porque a medida que vou conhecendo, vou enriquecendo.
Vou me enchendo de vida, de sentimentos, vou me desfazendo de bagagens desnecessárias.

Em determinados momentos, quando a dor foi maior que a alegria, respirei fundo e pude perceber o quão forte eu sou para suportar tantas situações adversas: física e emocionalmente falando!

Após tudo o que fora vivido, voltei pra casa com um aglomerado de sensações positivas.

Voltei apaixonada : pela música, pela energia, pela natureza.

E com a certeza de que ter participado deste festival, foi a melhor coisa que podia ter acontecido no Novo Ano!

Obrigado meu Pai celestial!

ChillOut clicado por Rodrigo Della Fávera
AHO!