terça-feira, 5 de novembro de 2013

A rede

Sim, a rede.

Uma rede que nos enrolamos, muitas vezes tão enrolados (quanta redundância) que ficamos até preso a ela.
Assim, metaforicamente falando, são as redes, as sociais.

Tudo está ali.
Desde as mais estapafúrdias informações, até utilidade pública.
Podemos acompanhar a previsão do tempo, um jogo de futebol, a novela, um evento, podemos viajar através de fotos publicadas.
Podemos divulgar trabalho, vender geladeiras, comprar sapatos usados,  fazer amizades e pasmem, há até quem encontre um amor.

Na rede tudo é possível.
Acessa quem  pode, acessa quem quer.

Vivemos num regime aberto, sem militarismo e, com exceção daquilo que fere a integridade moral do cidadão no que diz respeito ao constrangimento ilegal, calúnia e difamação, tudo é passível de publicação.

Há os que incomodam-se por pouco.
Não se sabe a razão deste incômodo, uma vez que - repito- só está na rede quem quer.
Não é como um RG, CPF, que é necessário ter para tornar-se um cidadão.
A rede social é para quem adere por livre e espontânea vontade.

Verdade que por vezes assistimos publicações que ridicularizam-nos como ser humano, como ser em sociedade. Tratam nossa inteligência como algo subversivo.

Mas a nós é dado o livre arbítrio...de sair do ciclo, de sair da rede.
Existe na rede social Facebook - talvez a mais conhecida e utilizada  -  várias opções para quem ainda incomodado, quer abster-se das besteiras que lê.
Uma das opções é excluir o "amigo" que causa incômodo.
A outra opção, é suprimir os feeds de notícias.
Ou ainda, a opção mais coerente pra quem sente-se tão incomodado com o que vê na rede social, é a opção EXCLUIR CONTA.

A rede é livre, ali cada um mostra o que quer e do jeito que quer.
Cabe então ao usuário peneirar toda a informação e "engolir" apenas aquilo que lhe faz  bem.

Mas ainda preferimos criticar.
E criticamos, porque é atitude inerente do ser humano. É muito mais fácil criticar comportamento alheio, que agir de forma contrário àquilo que se critica.

Desta forma, a exposição de opinião, também é uma maneira de participação em rede.

Cada um propaga o que quer.
Resta salientar que, o mais legal de tudo isso, é poder observar comportamentos através de ações e até omissões.

Cada caso é um caso...mas não estamos aqui para analisar e nem julgar. Deixemos as análises aos psicanalistas e os julgamentos aos juristas.
Volto a dizer: cada um publica aquilo que lhe é cabível, dentro do que acredita e vive.

E não adianta. Todo mundo mostra alguma coisa sim! Atire a primeira pedra aqui, quem não.

E daí se o sujeito publica uma sunga nova que acabara de ganhar da esposa?
Ele que arque com a zoação.
E daí se a fulana publica sua vida baladeira na rede?
Tá incomodado? exclua a dona moça...
É mais prudente agir desta forma, que atirar pedras numa pessoa, que por vezes, nem faz jus a sua "amizade" cibernética.

Quanto ao amor leviano cibernético escancarado?
As juras de amor via internet?
Quem aqui amigo, quem aqui já não as fez?

Na minha opinião, é  clichê, talvez porque EU não esteja amando.
Mas sei que quando se está apaixonado, sente-se a necessidade de gritar aos 4 ventos esta paixão...não acho normal se isto ocorresse na era das cartinhas, afinal, onde publicaríamos estas sentenças de amor? Em jornais?
Mas com a facilidade da internet, publique sim! Demonstre da forma que bem entender.

Os incomodados?

Ah...a estes, toda a licença para que retirem-se!


Antes de finalizar, por mera coincidência, visualizei esta publicação:

Uns mais outros menos ... Mas ficamos todos nos aqui, sem exceçao, presos, mas de mãos dadas, nessa "masturbação coletiva" onde o objeto de desejo é a inveja e/ou egocentrismo...( por Lourenço Carminati).