segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Música

Ela faz com que eu me derreta em lágrimas.
Também provoca risos frouxos.
Traz lembranças.
E mais que tudo isso,chego ao ponto de viajar em outras atmosferas através dela.
A música exerce um poder dominante sobre mim.

Desde cedo, quando criança, sob influencia das minhas tias, ouvia música boa.
Tenho como referências da época, Pink Floyd, que é um som pra eternidade.
Lembro-me dos nostálgicos vinis, empilhados na sala, ao lado do toca-discos.
Ali naquele amontoado de  arte eu tinha um mundo de curiosidades em mãos.
Aos 10 anos ou pouco mais que isso, eu ouvia  Led Zeppelin, Supertramp, Beatles, John Lennon.
Mesmo sem entender muito o que era, eu já gostava.
Eu ouvia junto delas Raul Seixas, RPM, Cazuza, Alceu Valença, Zé Ramalho, entre tantas outras bandas de Rock nacional.

Eu lembro que nas capas dos discos  vinham as letras impressas. Acompanhava as músicas, virando os discos do lado A e lado B.
Chegava da escola e corria pra sala pra ouvir música. Deitava no tapete e deixava o disco tocar.

Com o passar do tempo fui tendo minhas próprias referências. Apesar de ainda trazer muitas destas citadas comigo.
Eu conhecia todos os álbuns dos Titãs, banda que adoro até hoje.
As meninas da minha época ouviam  discos da Xuxa, Balão Mágico, Vou de Táxi da Angélica, e eu ouvia Rock.
Aquilo era estranho para os outros, mas eu gostava.

Fui conhecendo outros estilos. 

Conheci a música  gaúcha, a qual até hoje ouço em casa por sugestão do meu avô.
Foram anos e anos ouvindo intérpretes da música nativista do Rio Grande do Sul.
Canções bonitas, que falavam da vida no campo.

Depois conheci o estilo grunge do Nirvana, Alice in Chains.
Tive discos mais pesados estilo Venon, Sepultura.
Ouvia Ramones, Alice Cooper, Black Sabbath.

Adorava quando as pessoas me mostravam sons diferentes e isso permanece até hoje.
Ouço Chico Buarque, Elis Regina, Rita Lee.
Amo The Doors, gosto de Blues.
Curto os embalos do hip hop, ouço jazz.
Viajo com Surf music do Donavon Frankenreiter, Sashamoon, Men At Work.
Sigo na melodia do reggae do rei Bob Marley e suas vertentes.

Eu devia ter estudado música, ter tocado algum instrumento, tamanha admiração que tenho por esta arte.
Mas talvez minha percepção seja mais aguçada para conhecê-la e apreciá-la, que para atuar na música.

Eu me entrego mesmo. Ela interfere em todo meu estilo. De vestir, de ser, de viver.
Eu durmo com música e por vezes acordo com ela.
Eu ouço música indo pro trabalho, durante o trabalho (quando possível), na volta dele também.

Eu escrevo ouvindo música, tal qual faço agora, ouvindo um álbum completo do Nirvana.

E não faz muito tempo eu conheci a linha psytrance, que é algo surreal.
Este som me leva pra um mundo só meu. Uma conectividade incrível comigo.

Neste som eu fico sozinha por horas e sinto como realmente estivesse só eu, o espaço e o som. 
A frequência dele, a batida, ou melhor,os bpm's me transportam.

Não encontro palavras para definir o que acontece quando a conexão ocorre. É realmente transcendental.
Um som sem letras, que diz muito.

Não sou do tipo que segue modinhas musicais.
Aliás, não suporto som modinha.
Os tais  sertanejos universitário e arrocha e etc; estes não me tiram de casa.
Respeito quem gosta, mas não entendo como pode estas músicas com refrões sem sentido e letras obscenas fazerem sucesso.
Funk? Oh my God, livrai-me de ouvir isso.
Esta é a minha opinião e não é regra.
Gosto é igual a céu da boca, cada um tem o seu.

Eu prefiro os sons que falam...mesmo que sem letras.

A música, que faz a mente acalmar, que faz os corpos moverem-se, que faz o coração palpitar.
a música, que inspira, que transpira, que pira!

Acho eu, que viver sem música, é como viver sem sorrisos. 
Ela faz parte da alma da vida.



Pearl Jam, porque o som dele e esta música é The Best. Aperta o play!

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